PARTE DA VIDA
Garimpando nos arquivo das “Fotografias órfãs” do Ateliê/Casa, me encantei pelas fotos de aniversários: bolo, balões coloridos, sorrisos e, no centro, um aniversariante.
Essas fotos escolhidas foram re-fotografadas, recortadas, rasgadas, reconfiguradas e transferidas, quase irreconhecíveis, para um suporte de madeira.
Tantas lembranças jogadas fora, gavetas esvaziadas de memórias familiares, o que causou tudo isso? Todo esse desprendimento? A pulsão de morte, como comenta Derrida em Mal de arquivo? A necessidade de esquecer o passado para ir em frente, para poder se renovar e guardar outras lembranças?
A segunda parte desse trabalho foi fotografar pequenos vasos de flores no Cemitério da Saudade, em Campinas, a outra parte da vida, a outra celebração, a outra memória.