PRECISO DE MUITO PARA FALAR O MÍNIMO

Estamos, constantemente, sendo bombardeados por imagens: nos cartazes, nos jornais, nas revistas, na internet e nesses livros, cubos e vídeo. Imagens que se repetem, se sobrepõem, se desgastam, e são descartadas rapidamente, ao virar a página ou ao deslocar os cubos. A estratégia de representar alguma coisa pelo excesso e tudo ao mesmo tempo nos desperta e desalenta, permite e …

QUASE 80

Celebrar com arte é a proposta que Olivia Niemeyer apresenta no Pavão Cultural. O recorte de obras de arte de período aproximado de 20 anos de pesquisa pretende mostrar pontos de convergências e/ou divergências que definem a trajetória da artista visual. A proposta curatorial priorizou séries icônicas que delatam a preocupação de Niemeyer com a solidez espacial e conceitual de …

MÍNIMA MEMÓRIA

Podemos tentar contemplar as coisas de cima, de longe, num sobrevoo, uma “satisfação flutuante e onipotente, sentir a poder de dominar tudo, como um albatroz”, afirmava Didi Huberman, em Pensar debruçado. Mas podemos também nos debruçar sobre as coisas pequenas, prestando atenção nos detalhes, permitir que o objeto suba de sua mão até o seu olho, buscar o desconhecido no …

AS CORES DA MEMÓRIA

Estamos, em nossos dias, acostumados a processar imagens rapidamente. Aquelas que não nos seduzem em poucos segundos são abandonadas e substituídas, em seguida, por outras, mais imediatas, mais diretamente ligadas aos nossos interesses do momento. Esse conjunto de caixas em acrílico exige que desaceleremos esse processo, que aceitemos que decorra um lapso de tempo entre a visão e a atribuição de …

RECÔNCAVO

Para que serve a modalidade “foto panorâmica” do celular? Bem, todo mundo sabe: para tirar uma foto bem abrangente, passeando lentamente o celular na horizontal, captando tudo o que o olhar pode alcançar. E, às vezes, mais ainda do que o olhar pode abarcar ao mesmo tempo. Mas, e se você erra? E se você insiste nesse erro até não …

POR ACASO, NO MARANHÃO

Neste meu projeto, encostei o celular em modo panorâmico na janela do ônibus que levava o nosso grupo de fotógrafas até Barreirinhas, no Maranhão. O acaso criou paisagens sem encadeamento lógico, levando em conta o aleatório, o fortuito, o acidental. Abri mão, em um primeiro momento, da intenção de fotografar as ruas de Barreirinhas e as paisagens dos Lençóis. O …

CASARÃO DO JAMBEIRO

Através – Casarão do Jambeiro Cidades em andamento O que vemos através desses portais, dessas aberturas prestes a desmoronarem, dessas frestas que dão a ver outros portais, outras aberturas e outras frestas? Procuramos talvez um sentimento nostálgico do que teriam sido, há muitas décadas, essas ruinas e por que foram tão abandonadas. Uma estética saudosa ou uma inquietação pelos maus …